Caso USP



Você já deve ter visto mais de uma vez, na TV, reportagens sobre a reivindicação dos alunos da USP contra a presença dos PM's no Campus. A imagem que a mídia tem passado e a que qualquer pessoa em juízo perfeito seria: "Quem não deve, não teme. Devem ser todos mimados querendo fumar maconha no campus" Para uma pequena parcela dos alunos, a história é bem essa mesma. Mas na Internet, tem circulado um esclarecimento e um depoimento de um aluno da USP sobre qual é o lado deles na história. Vale a pena ler!
Selecionei, aqui em baixo, um trecho que explica de forma resumida todo o problema. Espero que gostem.

- Os meios pelos quais o Movimento Estudantil se mostra (invasões, pixações, etc.) não são decisão de maiorias e, portanto, são passíveis de reprovação. Seus fins (ou seja, os pontos reais que são discutidos), no entanto, têm adesão muito maior, com 3000 alunos na assembleia do dia 08/11.

A PM é instrumento de poder do Estado de São Paulo sobre a USP, que é uma autarquia e, como tal, deveria ter autonomia administrativa. O conceito de Universidade pressupõe a supremacia da ciência, sem submissão a interesses políticos e econômicos. A eleição indireta para reitor, com seleção pessoal por parte do governador do Estado, ilustra essa submissão. O atual reitor João Grandino Rodas, por exemplo, era homem forte do governo Serra antes de assumir o cargo.


MAS E A DIMINUIÇÃO DE 60% NA CRIMINALIDADE APÓS O CONVÊNIO USP-PM?

São dados corretos. Porém a estatística mostra que esta variação não está fora da variação anual na taxa de ocorrências dentro do campus ( http://bit.ly/sXlp0U ). A PM, portanto, não causou diminuição real da criminalidade na USP antes ou depois do convênio. Lembre-se: ela já estava presente no início do ano, quando a criminalidade disparou.

MAS, AFINAL, PARA QUE SERVE A TAL AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA?

Serve para que a Universidade possa cumprir suas funções da melhor maneira possível. De maneira simplista, são elas:

- Melhorar a sociedade com pesquisas científicas, sem depender de retorno financeiro imediato.

- Formar cidadãos com um verdadeiro senso crítico, pois mera especialização profissional é papel de cursos técnicos e de tecnologia.

Importante: autonomia universitária total não existe. O dinheiro vem sim do Governo, do contribuinte, porém a autonomia universitária não serve para tirar responsabilidades da Universidade, mas sim para que ela possa cumprir essas responsabilidades melhor.

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